Uma pesquisa do Royal National Institute for de Deaf (RNID), da Inglaterra, aponta que 70% dos freqüentadores de clubes noturnos, 68% das pessoas que vão a concertos/shows e 44% dos que vão em bares experimentam sintomas de danos da audição em apenas uma noite. O estudo foi feito através de entrevistas com 1.381 pessoas com idade entre 16 e 30 anos e constatou que a vasta maioria teve sinais de perda auditiva temporária e/ou tinnitus (som parecido com campainhas no ouvido) depois de serem expostos a música excessivamente alta. Os especialistas alertam: o excesso de barulho pode levar à surdez. Permanecer pelo menos meia hora por dia em lugares muito barulhentos pode afetar, para sempre, a capacidade de ouvir. E o perigo não está só em locais fechados, mas também nas ruas, nas micaretas e durante o Carnaval, por exemplo. Baladeiros que se cuidem! A perda de audição afeta 10% da população mundial. No Brasil, cerca de quinze milhões de pessoas têm deficiência auditiva e 350 mil não ouvem absolutamente nada. A estatística é alarmante. Segundo médicos e fonoaudiólogos, os que gostam de baladas devem tomar cuidado. Quando estiverem expostos a muito barulho, como nas proximidades de um trio elétrico, devem se afastar a cada duas horas para locais mais silenciosos e lá permanecer por, pelo menos, vinte minutos, como forma de evitar o risco de perda auditiva.
A fonoaudióloga Isabela Pereira Gomes, do Centro Auditivo Telex, explica que também existe outro jeito de auxiliar na prevenção da perda auditiva induzida por ruído. Ela recomenda o uso de protetores auriculares.
"Eles reduzem o volume excessivo, mas quem usa não deixa de ouvir o som ambiente. São indicados principalmente para músicos, DJs e motociclistas". Os protetores - ou atenuadores, como são chamados - comercializados pelo Centro Auditivo Telex são feitos em acrílico e moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada pessoa. Existem dois modelos. O primeiro diminui em 15 decibéis o barulho ambiente e o segundo, reduz em 25 decibéis.
Outro perigo para a audição são os iPods e outros tocadores de MP3, que estão acentuando o risco de perda auditiva por exposição sonora inadequada. Usados com freqüência pela garotada, podem fazer mal à saúde, se a música estiver sempre em volume alto. "Controlar o tempo de exposição ao fone de ouvido e não sucumbir à tentação de explorar toda a potência do volume são cuidados recomendados para proteger a audição. Os fones de inserção são mais perigosos devido à sua localização no conduto auditivo", conclui a fonoaudióloga.
Foto: Photodisc/Getty Images
fonte: http://itodas.uol.com.br/portal/final/materia.aspx?canal=67&cod=3465
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