segunda-feira, 30 de abril de 2007

Massacre no Mineirão

Olá pessoal,
ontem tive uma alegria espetacular. Vi uma vitória do meu time do coração. Isso não teria tanta importância não fossem as circunstâncias atuais. Bem, ano passado meu time subiu da segunda divisão após a queda vergonhosa para a série B em 2005. Eu torço para o Galo, o grande e tradicional Atlético Mineiro. Que até cair era um dos poucos clubes que participaram de todas as edições da série A.

A queda para a série B em 2005, foi algo que realmente abalou o emocional dos torcedores. Mas com força de vontade e muita raça, a torcida empurrou o clube de volta a elite. Com jogadores que conseguiram esse feito o galo montou sua base para esse ano. Tudo estava normal, algumas partidas boas, algumas vitórias sem convencer, algumas derrotas sem explicação. Até que chegou esse jogo de ontem.

Em jogo válido pela primeira partida das finais do Campeonato Mineiro 2007, o Atlético que enfrentava de novo seu maior rival (que nas ultimas quatro edições o eliminou, em duas finais e depois em duas semi-finais), venceu e reverteu a vantagem, que inicialmente era do Cruzeiro, dois empates ou dois resultados iguais. O fato é que o galo não só venceu o Cruzeiro, como convenceu! Sabem o que quero dizer? Não estou falando do time, a trancos e barrancos, chegar a vitória. Estou falando de uma equipe que jogou realmente como uma equipe, onde cada uma sabia o que devia saber, onde todos se conheciam a ponto de preverem uns os movimentos dos outros. Algo que no Galo, eu não via há muito tempo, talvez desde 99, quando o Atlético montou um grande time, que por causa do Dida, não foi campeão brasileiro.

O jogo começou equilibrado, com os dois times fechados, mas com o Cruzeiro mordendo mais. Só que isso durou uns 10, talvez 15 minutos. A partir daí o Galo começou a mostrar sua superioridade, e afroxar na marra a forte e violenta, marcação adversária, criando inúmeras chances de gol. Chances de gol claras, como a que Éder Luis, fez um passe para se mesmo. Como assim? rsrs.. Vou explicar. Éder Luis vinha com a bola dominada perto da grande área do Cruzeiro e tinha o atacante Danilinho na frente (impedido), ele então tocou para Danilinho, só que na realidade isso foi um corta luz. Os adversários pensaram que ele fosse tocar para o companheiro impedido, mas na realidade era um passe para si mesmo que o deixou na cara do gol. Ele então driblou Fábio, o goleiro, e por falta de ambição preferiu tocar, a marcar um golaço!
Um pouco depois a violência celeste foi punida com a expulsão do amarelado Gladstone que pegou Danilinho quando este estava frente a frente com Fábio em chance clara de gol.

Durante o primeiro tempo ocorreram muitos lances positivos e claros para a equipe alvinegra, e alguns poucos para a equipe celeste. Porém, o 0 a 0 continuava lá, e isso era vantagem para os azuis. Só que isso mudou no segundo tempo, e não levou nem ao menos 30 segundos. Aos 25 segundos, Éder Luis em grande cabeçada para o chão após um cruzamento perfeito de Danilinho abriu o placar. Dois minutos depois, ele perdeu uma chance claríssima de gol. O galo continou dominando, literalmente jogando bonito, até que o técnico Paulo Autuori, resolveu colocar dois jogadores, Maicossuel e Guilherme. Dois grandes jogadores por sinal, que melhoram muito a esquipe celeste e a permitiu atacar mais objetivamente. O Galo teve então seu pior momento na partida. Mas esse é um fato interessante, pois embora estivesse em seu momento mais fraco no jogo, continuou superior ao adversário e logo voltou a nível com que começou o jogo.

Aos 30, Danilinho, o melhor em campo, se bem que é difícil definir o melhor em campo num jogo onde todos atuaram bem. Danilinho recebeu a bola cara a cara com Fábio, deu um lençol e completou para o fundo das redes fazendo 2 a 0. O time azul sentiu o golpe e logo em seguida, Marcinho entra driblando na área, corta Fábio, que para impedir o gol o derruba. Pênalti!
O mesmo Marcinho, cobra muito bem, no canto. Tanto que Fábio, foi para o canto certo, e não conseguiu pegar. 3 a 0!

Já passava dos 45, o jogo já parecia estar definido. Mas a distração o time azul parece ter realmente ter sido muito afetado pelos gols. Araújo, o grande e perigoso atacante azul, na saída de bola, recua para um beque, só que Vanderlei, atacante do galo, que tinha acabado de entrar no lugar de Galvão, se antecipa ao beque, corta o zagueiro e vai cara-a-cara com o gol. Mas e o Fábio? Bem, num dos lances mais inusitados que eu já vi. O excelente goleiro azul, estava andando de volta ao gol, cabisbaixo, triste, na certa pensando em como podem estar perdendo por 3 a 0 e só vê quando a bola passa ao seu lado e entra dentro do Gol, com a massa atleticana gritando enlouquecidos pelo quarto e histórico gol! 4 a 0!

A vantagem que antes era do Cruzeiro, passa e com folga para o Galo, que pode perder por até 3 a 0, no próximo domingo que ainda fica com o título. Em caso de um revés por 4 a 0, o que seria um verdadeiro milagre azul, o galo perderia o título. Porém, eu em minha modesta opinião, acredito que se o galo jogar metade do que jogou no primeiro jogo já impedirá que o Cruzeiro faça o placar necessário. Se jogar o que jogou, uma nova vitória pode estar prevista. Claro, que não uma nova goleada, não sou tolo de achar que um 4 a 0 contra o maior rival, em uma final se repita. Mas apenas a coroação de uma ótima apresentação iniciada nesse domingo, no Mineirão, o gigante da Pampulha.

Parabéns aos jogadores e ao treinador pelo excelente trabalho e pela grande apresentação que deu gosto de ver. Um show de bola como há muito não víamos aqui nas alterosas. E parabéns a massa atleticana, com certeza, uma das mais senão a mais fiel e vibrante torcida do mundo!

Saudações alvinegras!

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